Para limpeza e manutenção de sua peça:
1. O primeiro passo é remover a poeira com um pano de microfibra seco.
2. Em seguida, use uma escova de cerdas leves para remover a poeira das reentrâncias e cavidades do ornamento.
3. Estenda papel toalha na bancada da pia para colocar os itens depois de lavados.
4. Lave os itens individualmente com água morna e um detergente suave. É recomendável lavar as peças em uma bacia de plástico ou colocar coberturas de borracha no fundo e nas laterais da pia, já que um choque pode danificar a peça.
5. Enxágue-os com água morna e coloque-os sobre as folhas de papel toalha.
Por se tratar de um produto artesanal, feito à mão, podem ocorrer pequenas variações nas dimensões do produto.
SHIVA
Um dos principais deuses do hinduísmo, que juntamente com Brahma e Vishinu forma a Trimúrti, a trindade divina hindu. É chamado de “o Destruidor”‘ (ou “o Transformador”), conhecido como o auspicioso, o propício, amável, o benigno e o benevolente. Na tradição hindu, Shiva é o destruidor, que destrói para construir algo novo, motivo pelo qual muitos o chamam de “renovador” ou “transformador”. A criação do ioga, prática que produz transformação física, mental e emocional, portanto intimamente ligada à transformação, é atribuída a ele, portanto, Shiva é o deus supremo, o meditante e o benevolente, onde reside toda a alegria.
SIMBOLOS DE SHIVA
Trishula
O tridente que aparece nas ilustrações de Shiva é o Trishula. É com essa arma que ele destrói a ignorância nos seres humanos. Suas três pontas representam as três qualidades dos fenômenos: tamas (a inércia), rajas (o movimento) e sattva (o equilíbrio).
Serpente
A naja é a mais mortal das serpentes. Usar uma serpente em volta da cintura e do pescoço simboliza que Shiva dominou a morte e tornou-se imortal. Na tradição do ioga, ela também representa Kundalini, a energia de fogo que reside adormecida na base da coluna. Quando despertamos essa energia, ela sobe pela coluna, ativando os centros de energia (chakras) e produzindo um estado de hiperconsciência (samádhi), um estado de consciência expandida.
Jata
No topo da cabeça de Shiva, se vê um jorro d’água. Na verdade, é o rio Ganges (Ganga) que é amortecido pelos cabelos emaranhados (Jata) de Shiva. Há uma lenda que diz que o Ganges era um rio muito violento e que não podia descer à Terra, pois, senão, a destruiria com a força do impacto. Então, os homens pediram a Shiva que ajudasse e ele permitiu que o rio, tão logo saísse do Mundo Espiritual, caísse primeiro sobre sua cabeça, amortecendo o impacto. Depois, mais tranquilo, o rio correria sobre a Terra.
Damaru
O tambor em forma de ampulheta representa o som da criação do universo. No hinduísmo, o universo brota da sílaba /ôm/. É com o som do Damaru que Shiva marca o ritmo do universo e o compasso de sua dança. Às vezes, ele deixa de tocar por um instante, para ajustar o som do tambor ou para achar um ritmo melhor e, então, todo o universo se desfaz e só reaparece quando a música recomeça.
Fogo
Shiva está intimamente associado ao fogo, pois esse elemento representa a transmutação. Nada que tenha passado pelo fogo, permanecerá o mesmo: o alimento vai ao fogo e se transforma, a água evapora-se, os corpos cremados transformam-se em cinzas. Assim, Shiva convida-nos a transmutar-nos através do fogo do ioga. O calor físico e psíquico que essa prática produz auxilia-nos a transcender os nossos próprios limites.
Lua Crescente
A lua, que muda de fase constantemente, representa os ciclos da natureza, a renovação contínua a qual todos estamos sujeitos. Ela também representa as emoções e nossos humores que são regidos por esse astro. Usar um crescente nos cabelos simboliza que Shiva está além das emoções. Ele não é mais manipulado por seus humores como são os humanos, ele está acima das variações e mudanças, ou melhor, ele não se importa com as mudanças pois sabe que elas fazem parte do mundo manifesto.
SHIVA NATARAJA
Neste aspecto, Shiva aparece como o rei (raja) da dança (nata). Ele dança dentro de um círculo de fogo, símbolo da renovação e, através de sua dança, Nataraja cria, conserva e destrói o universo. Ela representa o eterno movimento do universo que foi impulsionado pelo ritmo do tambor e da dança. Apesar de seus movimentos serem dinâmicos, como mostram seus cabelos esvoaçantes, Shiva Nataraja permanece com seus olhos parados, olhando internamente, em atitude meditativa. Ele não se envolve com a dança do universo pois sabe que ela não é permanente. Como um iogue, ele se fixa em sua própria natureza, seu ser interior, que é perene.
Em uma das mãos, ele segura o Damaru, o tambor em forma de ampulheta com o qual marca o ritmo cósmico e o fluir do tempo. Na outra, traz uma chama, símbolo da transformação e da destruição de tudo que é ilusório. As outras duas mãos, encontram-se em gestos específicos. A direita, cuja palma está a mostra, representa um gesto de proteção e bênçãos (abhaya mudrá). A esquerda representa a tromba de um elefante, aquele que destrói os obstáculos.
Nataraja pisa com seu pé direito sobre as costas de um anão. Ele é o demônio da ignorância interior, a ignorância que nos impede de perceber nosso verdadeiro eu. O pedestal da estátua é uma flor de lótus, símbolo do mundo manifestado. A imagem toda nos diz: “Vá além do mundo das aparências, vença a ignorância interior e seja como o senhor Shiva, o meditador, aquele que enxerga a verdade através do olho que tudo vê (terceiro olho, Ájña Chakra).”